TILDA SWINTON

TILDAImagine que vai a um museu num sábado aparentemente igual a qualquer outro e, inesperadamente, logo nas bilheteiras, tem, nada mais, nada menos, do que a actriz britânica Tilda Swinton a dormir dentro de uma caixa de vidro. Isto até parece não fazer sentido, mas foi o que aconteceu ontem no Museum of Modern Art (MoMA), em Nova Iorque. Foi uma surpresa para todos, até para os funcionários do museu.

Não estava na programação nem foi anunciado. Sem qualquer aviso, Tilda Swinton, conhecida pelo seu desempenho em filmes como Orlando (1992) ou Michael Clayton (2008), apresentou no MoMA a instalação The Maybe, na qual a actriz é o elemento principal.

“A gente não sabe quando ela irá fazer isso até o dia que ela chega e vem dormir”, disse um dos organizadores do MoMa. “Hoje  está aqui. E vai ficar o dia inteiro”, avisou  sobre a instalação de ontem.

O povo ficou curioso. Não podia filmar a instalação, mas teve gente que entrou com uma câmera escondida.

Dentro de uma caixa de vidro, quase como se fosse um aquário, Tilda Swinton dorme. E, aparentemente, dorme muito. Vestida e calçada, em cima de um colchão, apenas com uma almofada, a actriz esteve oito horas de olhos fechados. Ora virada para um lado, ora virada para outro, tal como quem está na intimidade do seu quarto. Mas à vista de todos, como uma jóia numa vitrina.

Vai ser repetida mais seis vezes este ano, sempre sem aviso e num local diferente do museu.

Esta não é a primeira vez que a actriz se expõe desta forma. The Maybe, que agora apresentou em Nova Iorque, já foi alvo de controvérsia em 1995, quando Swinton dormiu assim durante uma semana na Serpentine Gallery, em Londres, numa colaboração com a artista Cornelia Parker. No ano seguinte fez o mesmo no Museo Barracco, em Roma.