PADRE ANTONIO VIEIRA

Obra completa de Vieira será lançada em 30 volumes, a partir de Abril. Cerca de meia centena de especialistas e investigadores de Portugal e do Brasil e Espanhóis trabalharam durante cinco anos para pôr de pé um projecto há muito ambicionado: reunir e editar a obra completa do Padre António Vieira, vulto da cultura portuguesa «daquele que, sem dúvida, é, ao lado de Camões na Poesia, o autor cimeiro» da prosa em Portugal.

Realizaram uma Imagem_11620f678_400x225pesquisa de mais de 20 mil páginas para certificar e preparar, pela primeira vez, a publicação de  todos os testemunhos escritos atribuídos ao sacerdote jesuíta. Um quarto da obra completa daquele que é considerado o maior orador português é constituído por textos inéditos ou parcialmente inéditos, refere uma nota enviada ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

São cartas, sermões, textos proféticos, políticos, mas também poemas e peças de teatro, duas facetas desconhecidas de Vieira, com vários textos inéditos, reunidos em 30 volumes que serão editados, a partir de Abril, pelo Círculo de Leitores.

«A obra revela a militância do missionário, a eloquência do pregador, o empenho e a argúcia política do conselheiro e diplomata ao serviço do Rei de Portugal D. João IV, o crítico vigoroso da discriminação social contra judeus e escravos, a defesa de uma sociedade cristã mais coerente que não segregasse cristãos-novos de cristãos-velhos, o denunciador da corrupção, o professor e o poeta inspirado, o anunciador de futuros de esperança em tempo de crise dolorosa com que o nosso país então se debatia».

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é o mecenas principal do projecto, que custou 500 mil euros, associando-se à Universidade de Lisboa (UL). José Eduardo Franco, director do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da UL e um dos coordenadores do projecto, diz que a obra de Vieira ressoa no Portugal de 2013: “Não só acreditou como fez acreditar que era possível: Portugal continuaria a ser viável”.vieira

Desde o século XIV que por várias vezes se tentou reunir e editar a obra completa do Padre António Vieira. Mas nunca foi possível fazê-lo.

José Eduardo Franco coordenou com Pedro Calafate o projecto. Por que é que desta vez foi possível?
De facto, desde os anos 50 do século XIX que se tem tentado editar a obra completa do Padre António Vieira – conhecem-se mais de 15 projectos nesse sentido. Nunca se conseguiu, em primeiro lugar, devido à complexidade da obra, que engloba vários géneros literários e estava dispersa por muitas bibliotecas e arquivos e implicaria constituir sempre uma equipa vasta. Por outro lado, para preparar 30 volumes da obra completa do Padre António Vieira, é necessário um investimento avultado e continuado. Existem muitos outros autores que precisavam de uma edição sistemática das suas obras.

PERRY FARRELL

perry02Perry Farrell, diretor do Lollapalooza, tentou entrar na tenda eletrônica sem credencial e segurança disse que ele deveria dar o exemplo.

Perry Farrell, fundador do Lollapalooza, foi barrado na entrada do palco Perry, a tenda eletrônica que leva seu nome. Durante apresentação do DJ Marky, nesta sexta–feira (29), em São Paulo, primeiro dia de evento, ele tentou entrar no local pelos fundos, onde fica a imprensa, mas foi impedido por seguranças, já que estava sem credencial.

Diante dos protestos, um dos homens afirmou: “ele tem que dar o exemplo”. A confusão só foi resolvida quando uma integrante da produção chegou e resolveu o problema da entrada de Perry.

JORGE MAUTNER + GILBERTO GIL

gil-e-mautner-2-credito-juliana-torresApesar de serem mais (re)conhecidos do que Jorge Mautner, Gilberto Gil e Caetano Veloso são verdadeiros discípulos do cantor e compositor carioca. Recentemente, ele foi celebrado (e declarado tardiamente como um dos primeiros tropicalistas) por meio do documentário O Filho do Holocausto, de ­Pedro Bial e Heitor D’Alincourt.

Criador de pérolas como Maracatu Atômico (parceria com Nelson Jacobina), apresenta-se do dia 2 a 4 de abril, no Sesc Pompeia, com o objetivo de lançar a banda sonora do filme.

Além do valioso repertório de Mauter, o que torna os shows ainda mais preciosos é a participação especial de Gilberto Gil. Juntos, eles compuseram uma das músicas do disco, Rouxinol, que é dada como certa no repertório.

BEATLES

sgtpeppersUma cópia de Beatles Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band assinada por todos os quatro membros da banda foi vendida ontem em um leilão em os EUA para um recorde de 290.500 dólares (226.587 €). Um comprador britânico adquire o disco, com as assinaturas dos quatro ‘Beatles’, num leilão em Dallas.Paul McCartney considerou Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band como o Freak Out dos Beatles[ Zappa parodiou o álbum Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band- a arte da capa foi feita por Cal Schenkel.

ALFRED STIEGLITZ

4592-large_290x290Georgia O’Keeffe, photography by Alfred Stieglitz, 1933

Nascido em Hoboken, Nova Jersey, em 1864, e educado como engenheiro na Alemanha, Alfred Stieglitz voltou a Nova York, em 1890, determinado a provar que a fotografia era um meio tão capaz de expressão artística como a pintura ou a escultura.

Alfred Stieglitz (1864-1946) foi um pioneiro da fotografia moderna. Um fotógrafo, editor, escritor e dono da galeria, desempenhou um papel-chave na promoção e exploração da fotografia como forma de arte. E também ajudou a introduzir a arte moderna para o público americano. Em 1916, Stieglitz vi pela primeira vez a obra de Georgia O’Keeffe (1887-1986) e ficou impressionado com o poder expressivo dos seus grandes desenhos abstratos.

No ano seguinte, organizou a primeira exposição individual na sua galeria 291, em Nova York. Ele também começou a fotografar O’Keeffe, colocando-a na frente do seu trabalho e encontrando maneiras de fundir o seu corpo com as composições. Este foi o início de uma colaboração extraordinária que durou mais de 20 anos e resultou em mais de 300 fotografias. Diálogo artístico Stieglitz e O’Keeffe estendido a uma profunda influência no trabalho de cada um. Tornaram-se amantes e casaram em 1924.

LUIS FILIPE BARROS

PORTADA-LIBRO-SPB0222309-MAXHá mais de trinta anos, Luís Filipe Barros iniciava um programa que ficaria bem presente na memória de muitos portugueses:era o “Rock em Stock”. A revolução na forma de fazer rádio e a transmissão de uma música jovem, fresca e sobretudo, “barulhenta”, prendeu os ouvintes ao programa das tardes da Rádio Comercial.

Autor de Rock em Stock, Café Com Leite e Ondas Luisianas, programas que ainda hoje marcam a história da música pop-rock na rádio e o chamado boom do rock português.

Influenciado pela Radio Caroline e por outros sons que emergiram do Reino Unido, nos anos 60 e 70. Gravou o primeiro disco de hip-hop português, actor no filme O Lugar do Morto, fez Berros e Bocas na televisão.

Depois da Rádio Comercial, chefiou o arranque da Antena 3, rádio que em 1994 atinge liderança de audiências na faixa jovem apenas com meia dúzia de emissores e foi director-adjunto de programas da RDP. Publicou o livro Mais Estórias da Música, em 2006. Em 2011, antes que a crise piorasse, achou que já era tempo de sossegar um bocado e de voltar à mesa com os amigos.

Muitas bandas, quando lançavam um novo disco ou single, colocavam um autocolante a dizer que tinham estado no “top” do “Rock em Stock”, isso começou com os estrangeiros principalmente. Deve ter passado também com as portuguesas.Com as bandas estrangeiras, as editoras das lojas de discos punham o sticker na altura a dizer primeiro lugar no Rock em Stock. A venda estava garantida.

Luís termina com o programa em 1982, “Eram muitas pressões, que era uma coisa que não estávamos habituados. Depois apareciam-me quinhentas bandas a pedir para passar a música. E dessas, só gostava de uma. As editoras, ao verem que o programa tinha sucesso, queriam que a sua música passasse. Essa foi uma das razões para eu terminar com o programa em 1982. A pressão era tanta, tanta, tanta, que eu disse “esperem aí que eu já vou tratar do vosso assunto”: Acaba-se com o programa”.

Não havia mercado em Portugal. Primeiro, não havia programas dirigidos a jovens. Apareceu o “Rock em Stock” nessa altura. De repente, as pessoas passaram a tomar conhecimento com as bandas lá de fora. Começou a haver um negócio, uma nova indústria em Portugal. Com o “Rock em Stock”, aumentou-se a venda de aparelhos FM e gira-discos. Depois vieram os jornais de música. E começaram os concertos.

O Rock em Stock já tinha ficado para trás. A New Wave já tinha acabado praticamente, por volta de 1982, 1983.E depois surgiu então a oportunidade de voltar ao programa “Rock em Stock”, ” Quando começa a rebentar nos EUA, o Glam Rock em 1987. Dos Gun´s Roses até aos Nirvana. Foi aí que eu apostei na música mais dura. Se as pessoas julgavam que o regresso do “Rock em Stock” seria à base dos êxitos mais antigos, ou à procura desses êxitos para continuar no programa… “.

Estórias do rock

As bizarrices do rock e dos seus músicos, os gastos milionários das estrelas da música, a paixão pelo futebol ou por seitas religiosas, são assuntos que Luís Filipe Barros desvenda em mais estórias do rock. Contam-se as estórias que deram origem a canções e a capas de discos, os concertos que correram mal ou os músicos que morreram vítimas do excessos.

NAKED CITY

MI0000670580Naked City Heretic, Jeux des Dames Cruelles, 1994.

As duas duplas por Zorn e Yamatsuka Eye (onde correspondem a cada grito de outro grito) ou entre os Zorn e Frith (que têm demonstrado a sua empatia em outras sessões antes e depois dos Naked City) são particularmente notáveis. Embora este álbum é creditado como uma banda sonora para um filme porno (cenas que decoram a arte da capa), a sua música improvisada vai apelar para muitos ouvintes que tenha dificuldade com a atmosfera thrash / hardcore que é tão característico do primeiro álbum da banda, Naked City, 1989 e Torture Garden, 1990.

CHRISTO

balaoChristo’s ‘Big Air Package’, o maior o envelope já inflado sem moldura e ” a mais cara escultura indoor” já criada. Para o seu primeiro grande trabalho público desde a morte da sua parceira Jeanne-Claude, em 2009, os 90 metros de altura possui um volume de 177.000 metros cúbicos e usa 20.350 metros quadrados de tecido de poliéster semitransparente, assim como 4.500 metros de corda. Apesar da falta de um esqueleto, a forma 5 ton preenche o interior de um tanque de gás.

Quatorze anos depois de mostrar ‘The Wall’, durante a Emscher Park International Building Exhibition, o aclamado e, também, controverso artista Christo apresenta uma nova intervenção escultórica criada, especificamente, para o Gasometer Oberhausen.

‘Big Air Package’ é uma escultura de 90 metros de altura montada no interior do antigo gasómetro que mede 117 metros de altura. É a maior escultura (interior) realizada até ao momento.

Este projecto foi concebido por Christo, em 2010, para o Gasometer Oberhausen – um gigantesco edifício industrial, localizado na cidade Alemã de Oberhausen, que faz parte da European Route of Industrial Heritage (Rota Europeia do Património Industrial).bala

A escultura foi instalada no interior de um antigo tanque de gás e foi construída a partir de 20.350 metros quadrados de tecido (poliéster) semitransparente e 4.500 metros de corda. Concluída ficou com 90 metros de altura e 50 metros de diâmetro, pesa 5.3 toneladas e tem um volume de 177.000 metros cúbicos. Dois ventiladores de ar criam uma pressão constante de 27 Pascal (0,27 mbar) para a manter vertical. Os visitantes podem entrar dentro da escultura que é iluminada pelas clarabóias do gasómetro e por 60 projectores adicionais, criando uma luz difusa no interior. Trata-se de uma experiência tridimensional fantástica (forma, luz e espaço).

THIS IS NOW

DAVID BOWIE

bowie-twiggy-pinupsO primeiro single que Bowie lançou foi na vida foi “Liza Jane”, em 1964

O primeiro álbum do astro do rock, chamado David Bowie, só chegou en 1967. “Rubber Band” foi um dos singles de sucesso do disco.

O guitarrista Peter Frampton foi amigo do David Bowie desde pequeno. Os dois eram da mesma sala no colégio. No futuro, Frampton tocou com Bowie durante anos.

Não existe conhecer Bowie sem saber o que é a “Trilogia de Berlin” (acima). Este é o nome dado para os três álbuns mais importantes, famosos, poderosos e sensacionais que David Bowie fez. Em parceria com Brian Eno, nos anos 70, ele lançou “Low”, “Heroes” e “Lodger” e revolucionou o mundo do rock. Bowie estava em Berlim na época e sofreu influência do pós punk industrial do momento.

Bowie começou a tocar saxofone aos 12 anos de idade. E graças à este talento nós ganhamos músicas como “Young Americans”. Tudo bem que o solo do sax é do David Sanborn, mas a criação é toda de Bowie.

Aliás, Bowie toca praticamente todos os instrumentos do mundo. No álbum “Diamond Dogs”, de 1974, por exemplo, ele toca todos as coisas em todas as músicas: piano, baixo, bateria, etc. Até aquele famoso solo de guitarra de “Rebel Rebel”

Aos 17 anos, com os cabelos compridos, Bowie deu uma entrevista para a BBC porque fundou uma socidade de Prevenção Contra a Crueldade à Homens de Cabelos Grandes: “Não é legal quando as pessoas te chamam de ‘darling’ e coisas do tipo”.

Em “Pin Ups”, de 1973, a modelo icônica Twiggy aparece na capa do disco. Aliás, a cara de Bowie aparece em todos os álbuns dele. O único que não mostra o cantor é uma versão rara de “The Buddha Of Suburbia” que saiu só no Reino Unido.

TILDA SWINTON

TILDAImagine que vai a um museu num sábado aparentemente igual a qualquer outro e, inesperadamente, logo nas bilheteiras, tem, nada mais, nada menos, do que a actriz britânica Tilda Swinton a dormir dentro de uma caixa de vidro. Isto até parece não fazer sentido, mas foi o que aconteceu ontem no Museum of Modern Art (MoMA), em Nova Iorque. Foi uma surpresa para todos, até para os funcionários do museu.

Não estava na programação nem foi anunciado. Sem qualquer aviso, Tilda Swinton, conhecida pelo seu desempenho em filmes como Orlando (1992) ou Michael Clayton (2008), apresentou no MoMA a instalação The Maybe, na qual a actriz é o elemento principal.

“A gente não sabe quando ela irá fazer isso até o dia que ela chega e vem dormir”, disse um dos organizadores do MoMa. “Hoje  está aqui. E vai ficar o dia inteiro”, avisou  sobre a instalação de ontem.

O povo ficou curioso. Não podia filmar a instalação, mas teve gente que entrou com uma câmera escondida.

Dentro de uma caixa de vidro, quase como se fosse um aquário, Tilda Swinton dorme. E, aparentemente, dorme muito. Vestida e calçada, em cima de um colchão, apenas com uma almofada, a actriz esteve oito horas de olhos fechados. Ora virada para um lado, ora virada para outro, tal como quem está na intimidade do seu quarto. Mas à vista de todos, como uma jóia numa vitrina.

Vai ser repetida mais seis vezes este ano, sempre sem aviso e num local diferente do museu.

Esta não é a primeira vez que a actriz se expõe desta forma. The Maybe, que agora apresentou em Nova Iorque, já foi alvo de controvérsia em 1995, quando Swinton dormiu assim durante uma semana na Serpentine Gallery, em Londres, numa colaboração com a artista Cornelia Parker. No ano seguinte fez o mesmo no Museo Barracco, em Roma.

RYAN ADAMS – PORNOGRAPHY

pornographyadams013O seu primeiro 7 polegadas chama-se “7 Minutes in Heaven”

Este ano o Record Store (20 de abril) está trazendo uma enxurrada de nostalgia de indutores reedições – Elephant dos White Stripes “e Psychocandy dos Jesus and Mary Chain, para citar dois -, mas o feriado anual do vinil também vai entregar um novo lançamento da nova banda de Ryan Adams, Pornography.

De acordo com um comunicado de imprensa, o Heartbreaker formou um punk de três peças com a cantora Lia Hennessey e Rock N Roll-era collaborator Johnny T. Yerington. A estréia em vinil, de “7 Minutes in Heaven”, vai chegar em 20 de abril por meio da propria etiqueta de Adams PAX-AM.

Produzido por Gus Oberg, que terá alegadamente de tocar baixo nos shows ao vivo, Pornography abre com “Last Nite at the Opera”. Serão divulgadas datas de shows, site oficial, redes sociais e outras informações. Ou seja, é muito mais do que apenas um projeto musical entre amigos.

7 Minutes in Heaven:

01. “Last Nite at the Opera”
02. “Bald Spot”
03. “Police Scanner”
04. “Violent Conversion”
05. “Fake Snake, Real Pony”
06. “Cats & Dogs”
07. “Punch Him”